15 de novembro de 2017

Desapego das memórias


Quantas vezes quiseste que o presente fosse tal qual o passado?
E nessas vezes lembraste-te de quem hoje és e outrora não eras?

Há uma constante e imparável mudança a acontecer em nós, dia após dia.
Chega de idolatrar o passado como se fosse um sonho e de rejeitar o futuro como se de um pesadelo se tratasse.
Chega de castigar o que poderá acontecer por causa do que anteriormente aconteceu.
Reviver é o consolo de quem não quer descobrir que pode ser mais feliz do que fora toda a sua vida.
Dá ao hoje e ao amanhã a oportunidade de te surpreenderem. 
Para ser feliz vale sempre a pena correr o risco.
Liberta-te do passado e prende-te ao presente.
Esquece a caixa de memórias que guardas como relíquia, lembra-te de que a vida se vive no agora e que não há bem mais precioso do que ela.


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8 de novembro de 2017

Ao teu redor


Um dia chuvoso e cinzento não impossibilita que o amanhã seja soalheiro e colorido.
A chuva que lava a estrada é o que a prepara para o que está para vir.
Segue a tua estrada e mesmo sozinho não te sentirás só, tens a imensidão da natureza que te criou, tens a imensidão do mundo por descobrir.
As flores timidamente sorriem para ti, presta atenção.
O verde dos campos pode encher a tua alma de esperança, se parares um pouco para os admirar.
O que nos rodeia tem um sentido, se o soubermos ver.
Ao teu redor há um bom motivo para continuar,
 algures por aí está o melhor de ti.

O destino é um novo e melhor dia e a estrada a seguir é sempre aquela que te leva rumo a ti.

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3 de novembro de 2017

Seria bom não sentir


Tem dias em que só desejo não sentir, não ter qualquer emoção em mim.
De que matéria terei eu sido feita para sentir sempre demais?
Olho para o lado e vejo indiferença, vejo insensibilidade, vejo tudo na mesma.
Não preciso de olhar para mim, para ver a diferença. 
Sinto as lágrimas, sinto o corpo tremer, sinto o abalo em mim.
Não é dramatismo ou talvez seja, mas o meu problema não é dramatizar. 
O meu problema é sentir tudo de modo tão intenso que o meu mundo se resume ao que sinto.
Como seria bom poder sorrir diante da tristeza, poder andar diante da queda, poder continuar diante do fim. 
Como seria bom não sentir tanto assim.


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