1 de agosto de 2017

A marioneta


Que poder temos sobre nós próprios?

Já acreditei que quem comanda a vida somos nós, já desconfiei que o nosso destino está traçado.
Ultimamente ando fora do meu controlo, faço o que a vida exige de mim sem sequer parar para pensar e sem saber
 ao certo onde me vai levar.
Sinto-me uma marioneta, vou por aqui e por ali conforme decidem. 
Aos poucos vou esquecendo o meu ritmo e corro sem tempo por aí.
Sinto-me uma marioneta sem decisão, uma marioneta nas mãos de quem se esquece do meu eu.
Aos poucos vou esquecendo os meus desejos e só cumpro as obrigações.
Apesar disso, ainda me lembro de que a vida não são só obrigações e, mesmo que fosse,
 a nossa maior obrigação é lutar pela nossa felicidade.

É necessário cortar as linhas que nos suportam, mas que nos impedem de ser livres.
 É necessário cair para termos a possibilidade de recomeçar.
É necessário ser feliz.


*
Vou finalmente retomar este rumo e voltar a acompanhar os vossos blogues.
Foi uma ausência que não desejei, mas que não consegui evitar. 
Agradeço a todos os que foram por aqui passando e a todos os que me foram deixando palavras de carinho,
é também graças a vocês que este rumo faz sentido.
Um beijinho, até já!


21 comentários:

  1. A vida é composta de todos esses momentos. Por vezes andamos ao sabor das ondas, outras vezes somos nós que imprimimos o rumo ao nosso barco, e tantas vezes contra a corrente. É preciso que saibamos encontrar o equilíbrio, sem nunca nos esquecermos de nós próprios, porque não nos podemos deixar fraquejar. (Por vezes também precisamos que mais Alguém pegue nos nossos remos e reme connosco ou por nós).
    Beijinhos

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    1. É verdade, tudo se resume a encontrar o equilíbrio porque sempre vão existir altos e baixos.
      Obrigada por partilhar esta reflexão, gostei muito de a ler.
      Um grande beijinho

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  2. Por vezes o afastamento faz bem, mas depende do quê!
    Ainda bem que estás de volta

    Beijinhos

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    1. Claro, às vezes é preciso fazer uma pausa. No meu caso, foi uma pausa por não ser possível conciliar tudo, mas felizmente estou de volta.
      Obrigada Cidália, um beijinho.

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  3. Que bom estar de volta! Às vezes, naufragamos e custa chegar à praia... Mas chegamos lá e recomeçamos....
    Obrigada pela visita
    Beijos e abraços
    Marta

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    1. Obrigada, Marta! Recomeçar pode ser difícil, mas pode ser a solução.
      Beijinhos

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  4. Um bom regresso e seja feliz, na vida é necessário conhecer o equilíbrio e, para isso, por vezes é necessário sermos sábios.

    Bjs

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    1. Muito obrigada! Estou de acordo, o equilíbrio é o segredo é aquilo que vamos aprendendo é essencial para o que está para vir.
      Beijinho

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  5. A vida e o seu rumo pertence-nos por inteiro. Eu acredito nisso.
    Um beijo.

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    1. Seja ou não um poder que nos cabe por inteiro, decidir o rumo da vida compete a cada um.
      Obrigada pela visita!
      Beijinho

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  6. Querida Rita,

    Este teu texto tão belo e profundo, com esta tua capacidade única
    de nos tocar, como um grande espelho da raça humana, do
    reconhecesse na viagem em que é a vida...
    Mas, percebo que precisamos Ser sempre e sentir numa entrega
    com a própria vida para esta dança da felicidade, que às vezes
    muda de ritmo melódico (tristeza, alegria, sofrimento, luta, ets...)
    e importante é a dança, porém, com o nosso ritmo próprio
    e escolhas...
    Adorei a tua volta, partilhar nestes sentires através da tua escrita
    original e tão belamente e valorosa humana.
    Este teu espaço que percebo teu talento literário e tua Alma-Ser
    luminosa mora no meu coração de admiração e amizade neste partilhar
    a viagem da vida espelhada na escrita.
    Uma semana feliz na dança da vida, amiga de viagem (que é a vida!)...rss
    Beijinhos.

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    1. Amiga Suzete,
      Um enorme obrigada pelas suas amáveis palavras que me deixaram de coração cheio.
      A dança sempre será dança, seja qual for o ritmo da música e a felicidade sempre será felicidade, seja em dias de sol ou de chuva. Podemos não ser os melhores bailarinos, o que importa é sermos livres e felizes quando dançamos (ou vivemos).
      Uma semana cheia de sorrisos, beijinhos.

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  7. Será que somos mesmo nós que comandamos a vida...

    Isabel Sá
    Brilhos da Moda

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    1. É uma dúvida que trago e sobre a qual nunca existirão respostas certas.
      Bom fim-de-semana, um beijinho.

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  8. Rita... seu texto ajuda a refletir o que é excelente!
    Bj

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    1. Ainda bem, quando refletirmos aprendemos sempre algo.
      Beijinho

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  9. Olá Rita.
    Bonito texto que me deixou a pensar, por vezes somos mesmo marionetas, nas mãos dos outros, mas temos que ser mais fortes e dizer, basta também somos seres humanos e queremos ser felizes.
    Beijinho grande e muita força.

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    1. Olá! É verdade, por vezes perdemos o controlo e são os outros que pegam nas rédeas e é preciso mesmo coragem para reivindicá-las.
      Obrigada pela visita e pela simpatia, um grande beijinho.

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  10. Acho que deixamos de ser nós... a partir do momento em que nascemos... a partir daí... somos moldados, pelos condicionalismos, pela sociedade... com as suas pressões, exigências e expectativas...
    Deixamos de ser nós... para sermos a forma... com que os outros nos vêem e julgam... e como as circunstâncias nos permitem ser...
    Mais um post formidável, por aqui! Bom ter-te de volta!
    Bom domingo, feliz Agosto... e óptimas férias, se for o caso!
    Beijinhos
    Ana

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  11. Rita, é fundamental apreciar plenamente os bons momentos que a vida nos vai oferecendo, é neles que se encontra a felicidade.
    Embora pense que 80% do nosso tempo é rotina e cumprimento de obrigações, ficam os restantes 20% para fazermos o que mais nos agrada e mesmo na rotina, sempre podemos "colher" momentos felizes, basta estarmos predispostos a observá-los.
    Beijinhos
    Maria de
    Divagar Sobre Tudo um Pouco

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  12. Às vezes não parece nada fácil cortar essas linhas

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